1. Equidistante de Lisboa, Porto e Madrid

O Município de Idanha-a-Nova é 2,3 vezes maior que a cidade de Madrid

A posição de Idanha-a-Nova enquanto território de fronteira e a sua integração numa importante estrutura viária permite a conexão a vários destinos do país e de Espanha.

Assim, o Município situa-se numa posição equidistante de Lisboa (a cerca de 260 km), Porto (a cerca de 300 km) e Madrid (a cerca de 370 km), e respetivos aeroportos internacionais, que lhe incute uma importante posição de centralidade.

Com os seus 1416 kms2 consegue ser 2,3 vezes maior que a cidade de Madrid (607 kms2), embora tenha menos habitantes (cerca de 8200) do que o Museu Rainha Sofia, na capital espanhola, tem de visitantes por dia (aproximadamente 10 mil).

2. Possui o batistério mais antigo da Península Ibérica

Os batistérios eram espaços onde se ministrava o sacramento do batismo por imersão

A aldeia histórica de Idanha-a-Velha possui as piscinas batismais mais antigas da Península Ibérica, cuja construção data da segunda metade do século IV, quando o território pertencia ao Império Romano.

A investigação sobre o batistério de Idanha-a-Velha foi levada a cabo pelas Universidades de Coimbra (Portugal), de Vigo e da Corunha (Espanha), que realizaram análises físico-químicas e arqueológicas às estruturas.

Segundo o professor Pedro Carvalho, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), o batistério é, até agora, “o mais antigo que se conhece na Península Ibérica, sendo um dos sinais mais recuados e importantes da presença do cristianismo no território atualmente português”.

Construídos junto das primeiras igrejas, os batistérios eram espaços onde se ministrava o sacramento do batismo por imersão, antecedendo as pias batismais que surgiram posteriormente, na Idade Média, mais concretamente no século XI.

3. Primeira Bio-região em Portugal

Uma Eco-região é um território naturalmente dedicado ao orgânico e à produção biológica

Idanha-a-Nova tornou-se no primeiro Município português a integrar a Rede Internacional Bio Regiões, cujo objetivo passa pela implantação de uma estratégia de desenvolvimento de atividades de sustentabilidade ambiental no território.

Um Bio-distrito ou Eco-região é um território naturalmente dedicado ao orgânico e à produção biológica, com o envolvimento consciente de toda a comunidade local, desde agricultores, produtores, cidadãos, consumidores, escolas, operadores turísticos e autoridades e instituições públicas,

Todas as entidades realizam um acordo visando a gestão sustentável dos recursos locais, com base nos princípios da agricultura biológica e agroecologia.

4. Casa do Festival Boom

O Festival Boom ocorre em Idanha-a-Nova desde 1997

Ocupando 180 hectares da Herdade da Granja, na barragem de Idanha-a-Nova, a cidade criativa Boomland é o lar de um dos festivais mais ecológicos e sustentáveis do mundo, o Boom Festival.

Completamente independente, este festival bienal acontece durante a lua cheia de agosto e reúne cerca de 40.000 pessoas de 152 nacionalidades, 2.057 trabalhadores dos quais 593 são voluntários.

Iniciou-se em 1997 enquanto evento musical, mas evoluiu ao longo das suas edições para uma celebração da cultura alternativa, sendo hoje um festival multidisciplinar, transgeracional e intercultural.

Uma das particularidades do Boom é a sua independência face ao sistema comercial, não aceitando qualquer patrocínio de forma a manter o seu espaço livre de poluição visual. A sua ética assenta num clima de contacto com a natureza, desenvolvendo projetos de autossustentabilidade desde 2004, transmitindo uma consciência ecológica a quem nele participa. Considerado como o melhor festival da Europa na área de ambiente, o Boom Festival é o único festival português com prémios internacionais, nomeadamente na área ambiental.

5. As Adufeiras de Monsanto

O adufe é habitualmente tocado apenas por mulheres

Idanha-a-Nova é cidade criativa da música da UNESCO, muito graças a ter sido a vila portuguesa que adotou e reivindicou o adufe, um instrumento musical de percussão típico da região da Beira Baixa, associado a bailes festivos e romarias, acompanhado de canto.

Com o passar dos anos tanto a produção como a utilização diminuíram, sendo um desafio para os idanhenses incentivar e estimular a população a produzir adufes, de modo a fazer perdurar a tradição e cultura, o que contribui, ainda, para o turismo do concelho.

Monsanto, no Município de Idanha é uma das poucas povoações portuguesas onde o adufe aparece como o único instrumento de suporte ao canto na música folclórica. Dos grupos que hoje em dia transmitem este testemunho, as Adufeiras de Monsanto é aquele que procura preservar as canções e a arte de tocar o adufe, não admitindo qualquer alteração conceptual ou estrutural, mesmo ao nível do traje e da performance em palco.

Introduzido na Península Ibérica entre os séculos VIII e IX, pela mão dos árabes, é habitualmente tocado apenas por mulheres. Esta ligação do instrumento ao género feminino remonta às civilizações da Mesopotâmia, do Egipto, da Grécia, de Roma e do mundo pré-islâmico, segundo os testemunhos iconográficos que o apresentam em mãos de mulheres.