Iman Almutairy é uma voz proeminente no Nation and City Branding no Médio Oriente, com uma carreira que une a ambição pública e a identidade dos territórios. De cargos em AlUla, no Ministério do Turismo e na Soudah Development, a liderar a Bloom Consulting em Riade, Iman ajudou a moldar a narrativa da Arábia Saudita sob a Visão 2030. Para Iman, cada lugar tem uma história, e o branding é como ela é contada.
Fale-nos sobre o seu percurso profissional.
O meu percurso profissional começou com uma profunda paixão pelo marketing de produto e pelo branding, um foco que mais tarde evoluiu para abranger as histórias ricas de cidades, Países e lugares. Ao longo dos anos, ocupei cargos de liderança tanto nos setores público como privado – trabalhando com a Comissão Real para AlUla, o Ministério do Turismo e a Soudah Development – contribuindo para alguns dos esforços de branding e marketing mais ambiciosos da Arábia Saudita. Hoje, sou a Sócia Gerente da Bloom Consulting em Riade e a CEO da Destination Consultancy. Pessoalmente, acredito que cada lugar tem uma história que vale a pena contar – e compreender a cultura é a chave para construir narrativas significativas.
Como vê o seu papel na Bloom Consulting a contribuir para o City e Nation Branding na Arábia Saudita, em linha com a Visão 2030?
O meu papel centra-se em traduzir as ambições da Visão 2030 em estratégias impactantes que dão às cidades e territórios sauditas uma voz clara e convincente. Trabalhamos para elevar a presença global da Arábia Saudita ao criar abordagens de branding que refletem o património, as forças e as aspirações do país. O nosso trabalho alinha-se estreitamente com os objetivos da visão de diversificação económica, desenvolvimento turístico e melhoria da reputação global da Arábia Saudita.
O que significa City Branding para si e como está a evoluir na região?
Para mim, City Branding é sobre identidade emocional – é como as pessoas se sentem em relação a um lugar, como falam sobre ele e como se conectam com ele. No Médio Oriente, estamos a testemunhar uma mudança da promoção superficial para uma narrativa profundamente enraizada. É um sinal de maturidade estratégica, onde as cidades agora expressam quem são a partir de dentro, não apenas como desejam ser vistas.
Que projetos tiveram o maior impacto pessoal ou profissional em si?
O projeto Soudah Peaks foi incrivelmente significativo – estive envolvida desde o início, ajudando a moldar a identidade de marca do destino em harmonia com a sua essência natural e cultural. Outro marco foi o meu trabalho na marca de turismo de AlUla, que misturou história, visão e ambição numa das narrativas mais inspiradoras do Reino.
O que lhe dá o maior sentido de significado no seu trabalho?
Quando a identidade que construímos se torna algo que as pessoas podem experienciar, abraçar e do qual podem ter orgulho – é quando sei que tivemos sucesso. Essa conexão emocional é o verdadeiro propósito do que fazemos.
Se tivesse de descrever o futuro do City Branding no Médio Oriente numa palavra ou frase, qual seria?
“Distinção competitiva.” As cidades hoje não estão apenas a competir por atenção – estão a competir por mentes, ideias e lealdade a longo prazo.
Que conselhos daria a jovens profissionais que entram neste campo?
Comece por compreender o lugar de dentro para fora. Ouça as pessoas, estude a cultura e crie histórias que reflitam o verdadeiro espírito do lugar. Marca Pais e Marca Cidade exigem mais do que estratégia – exigem empatia, visão e autenticidade.
Fora da sua vida profissional, o que a mantém inspirada?
Viajar, explorar cidades antigas e imergir-me na natureza – essas experiências alimentam a minha criatividade. Acredito que, para realmente desenvolver o branding de um lugar, primeiro é preciso percorrê-lo, senti-lo e ouvir a sua história silenciosa.
Published on 16.07.2025.