1. Sem exército há mais de 70 anos

O dia 1 de dezembro de 1948 ficou marcado na Costa Rica como o dia em que o Presidente José Figueres Ferrer aboliu as forças armadas no país, após o final da Guerra Civil, ocorrida nesse ano. Numa cerimónia no Cuartel Bellavista, Figueres partiu uma parede com um martelo, simbolizando o fim do espírito militar na Costa Rica.

O fim do exército foi introduzido na Constituição, em 1949, proibindo a presença militar no país. A Costa Rica mantém, contudo, forças policiais que asseguram a manutenção da segurança interna, com funções militares muito reduzidas. Reconhecida pela sua natureza pacífica, a Costa Rica acolhe a sede da Universidade para a Paz das Nações Unidas.

O orçamento que era destinado ao exército, passou então a ser atribuído à segurança, educação e cultura. Um dos motivos que fez com que este país seja um dos membros-chave da Wellbeing Alliance.

Apenas alguns países no mundo não apresentam forças armadas. Os Costa Riquenhos têm assim orgulho em ser uma nação amigável e democrática.

2. As ruas não têm nomes nem existem moradas

A Costa Rica tem uma forma muito peculiar de indicar as moradas, uma vez que as ruas não têm nomes ou números, bem como as casas. Algumas até podem ter, mas não existem placas nem sinalizações e as pessoas habituaram-se a dar indicações com a ajuda de referências, tais como “a casa que fica a 500 metros, a norte da árvore grande” ou “a casa azul, a sul, logo a seguir à mercearia”.

Nas zonas centrais das principais cidades, como San José, as ruas internas estão numeradas e algumas esquinas estão sinalizadas, dando algum sentido de localização. Mas este sistema que já vem dos tempos coloniais, ainda vai demorar a ser retificado, apesar dos esforços governativos. Até lá, deixamos aqui uma ajuda: se estiver à procura de direções, procure uma igreja, foram todas construídas de forma a estarem viradas para oeste.

3. Contém 5% da biodiversidade mundial

A Costa Rica pode apenas representar 0,03% do território mundial, mas esta pequena terra é a casa de 5% da biodiversidade em todo o mundo.

Acolhe mais de 50 espécies de aves beija-flor e tem cerca de 750 mil espécies diferentes de insectos e plantas. É conhecida como a capital global de borboletas, albergando 18% de todo os tipos encontrados no mundo e 66% de todas as espécies de borboletas neotropicais. Quase 90% das espécies de borboletas da América Latina foram identificadas na Costa Rica.

Para além disso, ostenta mais de 1400 variedades diferentes de orquídeas, fazendo as delícias dos amantes de flores.

Assim não é de estranhar que mais de 25% da sua área seja dedicada a parques nacionais, reservas e refúgios de vida selvagem. Os governos têm feito esforços para preservar estas zonas, apostando num turismo ecológico e sustentável.

4. 99% da eletricidade é gerada por energias renováveis

Com o consumo energético a triplicar de 1980 para 2009, esta nação da América Central decidiu tirar proveito dos seus recursos naturais e apostar nas energias renováveis, colocando o objetivo de se tornar no segundo país do mundo a tornar-se neutro em carbono em 2021. Mais: precisa de eletricidade limpa para cumprir a meta climática de emissões zero até 2050, estando a par com Estocolmo (link artigo Estocolmo).

Assim, os sucessivos governos têm investido em todas as infraestruturas necessárias e legislações para que a Costa Rica consiga produzir energias renováveis, sobretudo energia hidroelétrica e eólica. Atualmente, já consegue ter 99% da sua eletricidade a ser gerada de forma limpa para o clima do planeta.

5. A taxa de literacia é de 96%

A educação tem sido uma prioridade na Costa Rica, como prova o facto de ter sido um dos primeiros países do mundo a torná-la gratuita e obrigatória em 1869. Nos últimos 20 anos, transformou-se numa das referências mais importantes da América Latina e da América Central ao atingir uma taxa de literacia de 96%, graças à sua preocupação em viabilizar a sua acessibilidade e qualidade para todos.

Em todas as comunidades podem ser encontradas escolas básicas e secundárias e o ensino público e privado têm de ter os mesmos currículos. Mesmo nas áreas rurais, onde as comunidades mais humildes mais dificilmente têm acesso à escola, as aulas são dadas através da estação de rádio nacional.