1. Afonso Henriques, o Rei que derrotou… a própria mãe!

Afonso Henriques e D. Teresa discordavam no que ao futuro do condado portucalense dizia respeito

Desde 1112, ano da morte do seu esposo, D. Teresa detinha o governo do Condado Portucalense, tendo a seu lado fidalgos castelhanos, incluindo Fernão Peres de Trava. Afonso Henriques mantinha discórdias importantes com a sua mãe, uma vez que os interesses estratégicos de ambos entraram em conflito, pelo que tentou apoderar-se do governo do Condado, sediado na zona que pertence hoje a Guimarães.

As tropas do Infante Dom Henrique e dos barões portucalenses enfrentaram as tropas de Trava, dos seus partidários portugueses e de fidalgos galegos a 24 de junho de 1128, na conhecida Batalha de São Mamede.

Esta batalha foi decisiva, pois com ela mudaram os detentores do poder no Condado, resultando na expulsão de D. Teresa e do conde e mudando assim as relações das forças sociais com o próprio poder.

Os barões portucalenses escolheram D. Afonso Henriques para seu chefe, de modo a viabilizarem um reino que englobasse Portugal e Galiza, sendo que o Infante seria coroado primeiro Rei de Portugal.

Daqui advém a associação às origens do país e de Guimarães ser classificada como Cidade-Berço.

Fonte: Infopedia

2. Guimarães 2012: Capital Europeia da Cultura

Durante um ano, Guimarães encheu-se de iniciativas culturais

Depois de Lisboa, em 1994, e do Porto, em 2001, Guimarães foi a terceira cidade portuguesa a ser Capital Europeia da Cultura, desta vez em 2012. A cerimónia oficial de abertura aconteceu no dia 21 de janeiro desse ano, contando com a presença de quatro mil pessoas no Pavilhão Multiusos, incluindo várias personalidades políticas da altura.

Duas horas de música e dança marcaram, com pompa e circunstância, o arranque da Capital Europeia da Cultura – Guimarães 2012, com destaque para a companhia catalã La Fura dels Baus. Performances e projeções multimédia conquistaram aplausos das 60 mil pessoas que fizeram questão de marcar presença.

Até ao final desse ano, a cidade vimaranense foi promotora da diversidade cultural que caracteriza a Europa, apresentando uma programação variada de música, cinema, fotografia, artes plásticas, arquitetura, literatura, teatro, dança e artes de rua.

A Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012 trouxe à cidade novos edifícios e a requalificação de símbolos vimaranenses, obras que não só mudaram o rosto da cidade, como lhe mudaram a alma, dando a Guimarães um novo fôlego.

Surgiram ainda novos equipamentos de iniciativa pública como a Plataforma das Artes e da Criatividade, o Instituto de Design e a Casa da Memória.

Fonte: Sapo

3. A reconstrução de uma Praça de Touros… em 5 dias!

Vimaranenses juntaram-se e reconstruíram a Praça de Touros a tempo da Corrida das Gualterianas

Na madrugada de 28 de julho de 1947, irrompeu, com violenta fúria, um incêndio que destruiu a Praça de Touros de Guimarães, mandada construir nesse mesmo ano e cuja inauguração havia sido marcada para esse dia. Apesar dos esforços dos bombeiros e dos inúmeros populares, as chamas consumiram a nova e elegante praça, restando apenas os alicerces de pedra, a trincheira e um monte de cinzas.

As causas do incêndio ainda hoje são desconhecidas, e toda a cidade caiu em desânimo perante tal desastre, uma vez que o programa das Festas da Cidade acontecia uns dias depois. Mas rapidamente os populares começaram a reagir, acreditando que se se conseguissem os materiais e a mão-de-obra necessária, seria possível erguer novamente a estrutura apesar de faltarem apenas cinco dias para as festividades locais.

A ajuda surgiu de todos os cantos da cidade, desde operários, construtores e mesmo cidadãos. Todos juntos, trabalharam intensamente dia e noite, num esforço sobre-humano, e alcançaram o feito de concluir a obra atempadamente, para a realização da Corrida das “Gualterianas”.

Um acontecimento que emocionou todo o país, que sentiu orgulho pelo gesto dos vimaranenses, ditado pelo espírito de sacrifício e pela garra que só as pessoas desta terra possuem.

Fonte: Na Defesa da Nossa Festa

4. Nicolinas, as Festas dos Estudantes

Durante uma semana, as ruas de Guimarães enchem-se de locais e visitantes para as Festas Nicolinas

As Festas Nicolinas têm a sua origem na devoção religiosa dedicada a São Nicolau (séc. III e IV), protetor das raparigas pobres, dos perseguidos, dos comerciantes, das crianças, dos presos, dos infelizes, dos abandonados pela sorte e dos doentes.

Paralelamente a estas devoções, São Nicolau é também patrono dos estudantes. Reza a lenda que três crianças em idade escolar foram esquartejadas por um estalajadeiro e quando São Nicolau se aproximou delas devolveu-lhes a vida. As celebrações em honra de São Nicolau, em Guimarães, eram, inicialmente, de cariz exclusivamente religioso, mas mais tarde foram apropriadas pelos estudantes que constituíram uma capela em sua honra e aí sediaram a sua irmandade.

A decorrer entre 29 de novembro e 7 de dezembro atualmente, os festejos são compostos por vários Números Nicolinos, entre eles o Enterro do Pinheiro e as Ceias Nicolinas, altura em que estudantes e antigos estudantes de Guimarães (pertencentes à irmandade de S. Nicolau, inclusive) reúnem-se e jantam pelos restaurantes do centro da cidade, sendo o prato rojões com grelos e papas de sarrabulho, acompanhado de vinho verde.

No final do jantar, começam o Cortejo do Pinheiro pelas ruas, ao som dos bombos e das caixas, entoando os característicos “Toques Nicolinos”. Hoje em dia, já não são apenas os alunos que se juntam à festa, com vários populares a fazer parte das festividades.

As Maçãzinhas é outro dos números com maior simbolismo por se realizar no dia de S. Nicolau (6 de dezembro). As raparigas estão nas varandas e janelas da praça de S. Tiago, a assistir ao cortejo alegórico dos rapazes. Cada rapaz tem uma lança que eleva até às raparigas, para que estas coloquem fitas coloridas com pistas e lhes sejam oferecidas maçãs, em troca. A lança será oferecida à rapariga a quem o rapaz vai declarar o seu amor.

Fonte: Câmara Municipal de Guimarães

5. Teleférico da Penha: o primeiro teleférico de Portugal

No topo da montanha encontra-se um célebre conjunto monumental de pedras

O único teleférico a norte do rio Douro e o primeiro de Portugal foi inaugurado a 11 de março de 1995. A viagem de 1700 metros é feita entre a cidade de Guimarães e a Montanha da Penha, a uma altitude de 400 metros, sendo que o trajeto demora apenas 10 minutos.

Atraindo visitantes nacionais e internacionais, durante todo o ano, o teleférico proporciona uma das melhores vistas da região que se estende até ao mar, uma vez que conduz os turistas ao extraordinário local de culto em todo o Norte do País – o Santuário de Nossa Senhora do Carmo da Penha.

No topo da montanha irá encontrar magníficas características naturais, tais como um monumental conjunto de rochas que convidam a uma visita demorada e de uma notável diversidade de espécies arbóreas.

O espaço tem ainda disponível alguns restaurantes, hotel, bares, minigolfe, circuitos de ciclo-cross (existem cabines no teleférico apropriadas para o seu transporte), rotas pedonais e um encantador Parque de Campismo de montanha.

Fonte: Turipenha