Construa algo que seja forte e resistente, capaz de suportar as adversidades que virão.

Notícia sobre a importância que a estratégia de marca de Estocolmo teve para o território.

Criar uma base sólida é tão importante no Place Branding como na construção de uma casa. Antes de começarmos a levantar as paredes, temos de olhar para alguns pontos-chave: porquê trabalhar a Marca, o que esperamos dela e por onde começar?

Primeiro, há que ter uma ideia clara de quem vai estar envolvido no arranque desta grande aventura. Está a pensar envolver apenas o setor público ou também o privado? A equipa contará com a participação ativa do executivo local? Uma vez que tudo esteja esclarecido, é hora de criar um conselho consultivo. A seleção e combinação adequada de stakeholders para liderar este projeto é de vital importância para maximizar a representatividade e satisfazer todas as partes envolvidas, considerando as necessidades dos setores público e privado.

Esta equipa de gestão ou conselho consultivo tem como objetivo incorporar a liderança e a gestão da sua marca territorial, por essa razão será essencial mantê-la afastada dos interesses políticos para que seja imune a mudanças governamentais. Será responsabilidade da equipa estabelecer e gerir os relacionamentos necessários para levar a cabo este projeto. Uma das dificuldades estará certamente em obter financiamento ou investimento das partes interessadas, para que seja possível fazer uma implementação eficaz e garantir um retorno do investimento. Dito isso, caberá ao conselho consultivo pensar como uma start-up e preparar um plano de negócios para apresentar aos potenciais envolvidos. Se forem bem-sucedidos, estes estarão igualmente comprometidos com a sua marca territorial e dependentes do seu sucesso.

O conselho consultivo – com um modelo de gestão próprio – apoiará a equipa executiva e isto fará com que os valores da marca se mantenham durante a implementação.
Alerta: não vai ser fácil!

Antes de iniciar este processo, o conselho consultivo deve decidir sobre o tipo de instituição sob a qual irá operar. Esta equipa fará parte da sua estrutura, de uma fundação, instituição independente, parceria público-privada ou de órgão
governamental? É fundamental deci- dir antes de reunir novos parceiros.
Agora, chegou a hora de encontrar os seus “arquitetos de marca”, de olhar para os bastidores. A equipa de gestão de marca deve ser composta por elementos apaixonados, conhecedores, criativos e capazes. Preferencialmente acompanhada pelo apoio e orientação prática de consultores de Place Branding experientes, esta equipa interina deve ser composta por cerca de três pessoas, nesta fase.

Os objetivos principais, abordam o processo técnico e depois os atores locais. Uma das principais preocupações para o futuro será a comunicação. Não estaremos apenas a criar a marca do seu território, mas também da sua instituição. Uma das tarefas será alcançar uma diversidade de públicos com a sua nova Marca, desta forma será visto como o cons- trutor da sua Marca Territorial.

Quem estará no comando? A equipa deverá ser liderada por um Diretor de Marca e é aconselhável destacar alguém que se sinta confortável com a exposição pública, que seja capaz de enfrentar stakeholders difíceis e que não tenha associações políticas, uma vez que isso poderá prejudicar o desenvolvimento da marca perante dificuldades ou alterações governativas. Será crítico que a pessoa escolhida tenha uma compreensão do que é o Place Branding e que possua competências na análise de dados, orientação para negócios e para o mundo digital. Como veremos mais tarde, isso desempenhará um papel crítico no desenvolvimento da sua Marca. A prioridade nesta fase será para skills de gestão em vez de criativos. Os objetivos iniciais são essencialmente baseados em operações e logística, uma vez que temos de construir a “start-up” antes de chegar à parte criativa.

A reter:
– Pergunte-se, porque está a fazer isso?
– Crie um conselho consultivo com forte representatividade.
– Encontre os seus arquitetos de marca e nomeie um diretor.